Foi exactamente às 20 horas que os Finlandeses Medeia abriram a noite com uma prestação repleta de garra e movimento logo desde o tema de abertura We All Fail, do álbum de 2011 Abandon All. Os guitarristas Samuli Peltola e Pekko Mörö (este último como live guitarist) apresentaram-se extremamente irrequietos, saltando e alternando constantemente de lado, num turbilhão que por vezes era mais movimentado que o próprio ritmo das músicas, mas com o qual rapidamente conseguiram conquistar as graças do público que ia entrando na sala. A teclista Laura Dziadulewicz também não se deixou ficar atrás e sempre que podia alternava a sua emotiva actuação com deslocações até à frente do palco para gritar e chamar ainda mais pelo público. A dada altura, o vocalista Keijo Niinimaa comentou, entre temas, que apesar de saber que esta era uma "moshpit-free friday" que ia tentar que se abrisse uma excepção, dando origem ao primeiro moshpit da noite. Para o final da actuação de aproximadamente 30 minutos guardaram 2 temas do recém-lançado terceiro álbum Iconoclastic - primeiro o tema-título e finalmente Misery Prevails, temas em que 2 dos elementos passaram do palco para as grades do photopit, tendo encerraram a actuação interpretando o tema a partir daí.
Meia hora e uma mudança de bateria depois, entraram em palco os Decapitated, cerca de um ano depois de por cá ter passado, na altura a acompanhar os Meshuggah. O público desde logo demonstrou que não tinha vindo apenas pelos cabeças de cartaz desta noite, recebendo os Polacos calorosamente assim que subiram ao palco. Apesar de ter o público rendido desde início, não foi por isso que a banda de deixou de esforçar, com Rafał Piotrowski constantemente a acercar-se da frente do palco para se aproximar mais da assistência, que reagia com ainda maior movimentação e acompanhando os temas com os braços em riste. A maior parte dos temas interpretados foram retirados do álbum Carnival Is Forever, começando logo pelo tema de abertura Pest. No entanto, aquilo que parecia encaminhar-se para uma grande actuação rapidamente chegou ao fim. Após um pedido de aplausos para os Medeia e para os Children of Bodom, e concluíram cerca de 30 minutos de actuação com o tema Spheres of Madness. Um concerto que certamente soube a pouco a muitos dos presentes.
Pouco passava das 10 horas quando os muito esperados Finlandeses entraram em palco. Confesso que estava algo curioso para ver este concerto depois da actuação de há uns meses atrás no Metalfest Loreley me ter passado um bocado ao lado - não por culpa da banda, mas devido à enorme quantidade de chuva e vento que nos assolou na altura. E desde cedo que deu para perceber que este seria um concerto completamente diferente, ou não estivessem em tournée dedicada à promoção do seu mais recente trabalho Halo of Blood e com direito mesmo a alguns extras como os 5 painéis que preenchiam toda a parte de trás do palco e que foram apresentando diversas animações ou imagens de fundo que se iam adequando a cada um dos temas interpretados. E os temas não foram poucos! Alexi Laiho e Companhia presentearam-nos com um total de 17 temas que passaram por toda a discografia da banda. A abertura ficou a cabo de Transference, do último álbum da banda, passando logo de seguida para um dos muitos clássicos que se iriam ouvir nesta noite - Silent Night, Bodom Night, naquela que foi uma actuação de muito bom nível e que sem dúvida terá agradado aos presentes, pela forma como os braços estavam constantemente no ar e os elementos do público acompanhavam e vibravam ao longo dos temas. Sobre o palco, também todos pareciam estar a desfrutar do que estavam a fazer, mesmo sabendo que o dono da festa só poderia ser Alexi Laiho, como não podia deixar de ser. Ele cantou, fez solos e os esperados duelos de guitarra com o teclado, e assumiu sem defraudar o seu papel sob os holofotes. E, por falar em iluminação, que dizer do magnífico jogo de luzes em Dead Man's Hand on You, outro dos temas novos a dar nas vistas nesta noite, graças à projecção dos focos que se encontravam em palco contra as bolas de cristal suspensas sob o tecto que fizeram com que o tema fosse acompanhado do princípio ao fim por inúmeros raios de luz em constante movimento. Já perto do fim, e depois de Everytime I Die, Alexi Laiho anunciou Towards Dead End como sendo "um tema que nunca tocámos na vosssa cidade" e efectivamente tinha razão, apesar de em 2003 o tema ter sido tocado por eles no Hard Club, mas quando este ainda se encontrava na sua saudosa versão original, localizado na margem oposta do rio Douro. Seguiram-se ainda Hate Me! e Downfall, tema com que se despediram do público. Este, no entanto, sabia que o concerto ainda não tinha chegado ao fim e insistentemente pediu por In Your Face, voltando então a banda ao palco para encerrar dessa forma mais uma excelente passagem por Portugal.