Este ano estivemos novamente em Loreley para assistir à segunda edição do Metalfest Open Airs nesta magnífica localização próxima ao Reno. Desta vez fizemos a viagem a partir da margem oposta do rio para ter uma perspectiva diferente da paisagem, tendo ainda a oportunidade de experimentar a travessia do rio através do ferry, que nos deixou logo junto à seta de desvio que em St.Goarshausen nos encaminhava para o Freilichtbühne Loreley. Este ano a principal novidade passava pela ausência do palco secundário, tendo a organização optado por realizar todos os concertos no anfiteatro ao invés de os repartir com a tenda. Apesar desta decisão não deixar hipóteses de escolha aos presentes, pela nossa perspectiva acaba por não ser totalmente descabida, tendo em conta que no ano passado apenas poucos nomes justificaram a nossa deslocação à tenda. Exceptuando esta alteração, tudo o resto se manteve como no ano passado - as tendas de merchandise e de comes e bebes eram praticamente as mesmas, e a afluência do público pareceu aproximadamente a mesma, enchendo o anfiteatro nos concertos de maior dimensão mas sempre de forma ordeira e sem sufocos. Na zona de acampamento, do pouco que explorámos encontrámos uma nova zona de banhos e w.c. e uma pequena zona de merchandising. Aqui ficam algumas fotos do ambiente encontrado, e logo de seguida os relatos e fotos de todos os concertos deste ano!
DIA 1
A primeira banda a subir ao palco do espectacular recinto de Loreley, foram os
germânicos Kissin' Dynamite.
Faltavam poucos minutos para o início do seu concerto, quando fomos brindados com
chuva intensa. Chuva essa que não impediu a energia de Hannes, que
deu início ao primeiro de três dias de música. O vocalista deu o mote e lançou-se
constantemente para a frente do palco, cantando e correndo debaixo de chuva,
entusismando o público. Também os guitarristas Ande e Jim
se lançaram em direcção à chuva por algumas vezes, e mesmo quando por
momentos o som falhou, rapidamente compensaram com o som de palco e ainda mais
animação.
Músicas como Sex is War e Addicted to Metal tiveram um bom
coro do público que mesmo estando a chover torrencialmente não arredou pé até aos últimos acordes da música de encerramento Sex, Money & Power, título do 3º cd da banda!
Já com o sol no céu, subiram ao palco, os também germânicos Feuerschwanz.
Concerto bastante divertido, onde apareceram umas "gatinhas" a fazer uma dança
sensual, e essas mesmas "gatinhas" iam aparecendo fazendo parte do espéctaculo.
Os Feuerschwanz apresentam um estilo medieval, apresentando-se mesmo um
dos vocalistas e guitarrista vestido de cavaleiro. Uma violinista em palco, sempre bem
disposta, em parceria com o vocalista/flautista/gaita-de-foles e com o estranho
baixista, acompanhados pelas diversas aparições das "gatinhas", todos ajudaram a criar
um espectáculo bem divertido.
Os suecos Witchcraft subiram ao palco dando início a mais um concerto da
tarde. Magnus Pelander vocalista e fundador da banda apresenta-se em
palco um tanto ou quanto envergonhado.
A música em si é interessante, mas acaba por o concerto se tornar demasiado "chato",
pois não há grande interacção com o lado do público. Foi notória a diminuição de
audiência durante este concerto.
Temas como Dead End ou It's Not Because of You foram
ouvidos.
É sem dúvida notório que os alemães gostam das bandas do seu país. Para o espectáculo
de Equilibrium as bancadas do recinto de Loreley voltaram a encher.
Depois de não os termos conseguido ver em 2010 no palco medieval do Wacken Open Air,
tendo ficado completamente esmagados e sem a mínima visibilidade no meio do imenso
público presente na altura, desta vez o anfiteatro permitiu-nos assistir a um concerto
cheio de vitalidade e com boa adesão por parte do público. Blut im Auge
foi uma das músicas mais animadas da tarde.
Chris Barnes entrou em palco com as suas longas rastas prontinhas
para o headbanging que foi constante durante o concerto. Os norte-americanos Six
Feet Under tinham lançado o seu novo trabalho Unborn em Março
passado, mas foi com músicas como Silent Violence ou Revenge of the
Zombie que conseguiram arrancar mais animosidade ao público.
Apesar do vocalista e mentor Chris Barnes ter entrado às 16h em
palco, algures no meio do concerto acabou por desejar que todos estivessem a ter uma
grande noite, "corrigindo" de imediato noite para manhã... até explicar que para ele
ainda era manhã, e que depois de ter acordado o seu pequeno-alomoço tinha sido 8 shots
de Jägermeister e um grande charro!
Habituados a estas andanças os ingleses Paradise Lost já sabem o que se
quer ouvir. Entraram com o Embers Fire e saíram em apoteose com o
Say Just Words.
Pelo meio contou-se com a boa disposição de Nick Holmes ("and now
we'll play a song from our album... [pausa] Faith Divides Us - Death Unites Us...
[pausa] The song is called... [pausa] Faith Divides Us - Death Unites Us") e com a
vivacidade de Aaron Aedy, a contrabalançar os mais soturnos
Greg Mackintosh e Steve Edmondson. De entre muitas
outras, também se ouviram com boa entoação do público As I Die ou, do
último trabalho, a homónima Tragic Idol.
Stu Block está in! Apresenta-se muito bem em palco em compadrio com
John Schaffer e os restantes membros da banda. O álbum de estreia
deste vocalista é Dystopia e é com essa música que é aberto o concerto!
Boa disposição e um bom concerto foi o que esta banda norte-americana nos trouxe,
incluindo o tema Dark Saga, que a banda já não tocava ao vivo desde 2011,
e clássicos como I Died For You ou o inevitável tema final Iced
Earth!
Um dos concertos mais aguardados da noite.
Doro Pesch é sem dúvida "Queen Of Metal" como fazem menção antes dos
seus concertos.
Burning Witches, All We Are, Night of the Warlock
e do novo album Raise your Fist foram músicas ouvidas.
Para terminar o concerto, depois de Earthshaker Rock e num encore
arranjado à última foi tocada Breaking the Law, uma cover do clássico dos
Judas Priest!
Dark Roots of the Earth é o último album dos Testament e é
essa tour que estão a promover ouvindo-se muitos temas desse trabalho. O concerto abre
mesmo com Rise Up o primeiro tema do album. Também se ouvem True
American Hate e Native Blood.
Dos primeiros trabalhos da banda é de fazer notar que se ouviram o Over the
Wall (The Legacy 1987) e o Into the Pit (The
New Order 1988).
Os Testament já acabaram o seu concerto a fazer-se notar uma chuva
miudinha, mas a aumentar de intensidade.
Os finlandeses Children Of Bodom iam apresentar o novo álbum Halo
Of Blood para um recinto bastante composto. O problemas foi que a chuva não
parou e o público foi dispersando.
O concerto iniciou com a faixa nº 4 de Halo of Blood, a música
Transference e tudo indicava que iria ser um bom concerto, mas a chuva
que se continuava a fazer sentir obrigou as poucas centenas que ainda ali estavam a
retirar-se do recinto. Para ouvir os COB acabou por ficar quase o mesmo
número de pessoas que para a banda de abertura do festival.
Halo of Blood também foi tocada, juntamente com outros temas mais antigos
como Bodom After Midnight e Hate Me, com algum feedback por
parte do pouco público que ainda se mantinha nas bancadas de Loreley. Downfall
encerrou o concerto!
DIA 2
Os holandeses Delain abriram o 2º dia do festival. Embora o tempo estivesse melhor que no dia anterior, o público nas bancadas não era tão abundante. Mother
Machine foi a música de abertura de um concerto em que Charlotte Wessels demonstrou uma boa empatia com o pouco público presente. Após os primeiros temas, o
recinto começou a ficar mais composto e ganhou mais energia. A prestação foi muito boa, com os temas do último trabalho We are the others interpretados com uma
graciosidade e animação de excelência.
O concerto prometia algo diferente... 5 personagens diferentes... Um guitarrista/vocalista trajava verde, um baterista de fato amarelo e outros 3 personagens de roxo, azul e
vermelho. Pareciam os Power Rangers! Como começar... Um esqueleto com um cálice entra em palco, com um discurso aplaudido por muitos.
A música começa, o público delira. O vocalista entusiasta não descansa enquanto não coloca todo o recinto, o chamado "Metal Choir", a entoar os vários temas interpretados, sendo o
mais entoado o Moonlit Masquerade. Durante todo o concerto o esqueleto ia aparecendo a fazer "momices".
Após as músicas, os elementos ficavam numa pose e conseguiram que o recinto todo ficasse na mesma pose por mais do que uma vez.
Em termos musicais não há muito a dizer, mas em termos de espectáculo foi excelente.
A banda alemã entrou em palco com o tema Metal Law e desde cedo se percebeu que tinham bastantes fãs. A banda tem algumas parecenças com os Manowar. A
banda de power metal fundada pelo vocalista Tarek “MS” Maghary tem muita vitalidade em palco e consegue do público uma adesão fantástica. Temas como Into The
Stadiums, Heavy Metal Battlecry ou Thunder Rider foram ouvidos com coros entoados por cerca de 5000 pessoas. Uma banda com membros muito jovens mas
já com um longo percurso coroado de sucessos!
De vermelho e negro e com um palco bem decorado, os alemães Varg foram a quarta banda do dia. O público aguardava impaciente e os verdadeiros headbangings do dia só se
fizeram sentir durante esta actuação.
Foram tocados temas como Schwertzeit, do álbum Wolfskult , e encerraram a actuação com Rotkäppchen, tendo a participação de público
feminino que foi convidado a partilhar o palco.
Os suecos Hypocrisy estão em tour para apresentar o seu novo trabalho End of Disclosure. O tema de abertura foi por isso mesmo o End of
Disclosure. Peter Tägtgren no seu melhor, como nos tem habituado, acompanhado por um público frenético.
O concerto foi fantástico, pena ser tão pequeno, mas mesmo assim tocaram vários temas como o The Eye e 44 Double Zero do novo álbum ou o
Necronomicon de Osculum Obscenum (1993) ou mesmo Roswell 47 de Abducted (1996).
Os alemães J.B.O. têm uma legião de fãs sem igual. Não consigo entender o porquê, mas a verdade é que o público se veste a rigor para o espectáculo e assim o mar de
negro transforma-se em cor-de-rosa. Começam a ver-se bailarinas, o palco torna-se fucsia e é óbvio que os J.B.O. estão prestes a entrar. O concerto começa, o público
entoa todas as músicas, eles vibram com o espectáculo, pois têm muitos artistas que entram vestidos de mulher, eles vestem-se de médicos, há letras insufláveis no palco com o logo
da banda. Termina com as famosas bolas cor-de-rosa gigantes a sobrevoar a plateia, e há sempre alguém que as guarda no fim!
Os brasileiros Soulfly tinham o recinto bem composto quando entraram em palco. Mas a apoteose máxima foi quando tocaram a música dos Sepultura Refuse/Resist. O que me deixa sempre com um grande dilema: o público gosta de Soulfly ou está à espera dos temas de Sepultura?
É que depois do Refuse/Resist, o tema seguinte foi Arise.
A família Cavalera juntou-se ao show e tivemos a Revengeance interpretada pelos filhos de Max Cavalera: Ritchie e Igor - Zyon, outro dos seus filhos, já é actualmente o baterista da banda.
O concerto não podia terminar sem o Roots, Bloody Roots
Os alemães Accept subiram ao palco para dar início a uma concerto cheio de energia, demonstrando que apesar da sua já longa carreira ainda estão aí para ficar.
Da voz de Marc Tornillo ouviu-se a Hung, Drawn and Quartered do novo álbum Stalingrad para dar início a uma hora de concerto.
Do novo álbum tocaram também o Stalingrad, mas o público vibrou mais com os temas antigos como Bucket Full Of Hate ou Losers and Winners
assim como os clássicos que não podiam faltar Metal Heart e, no término, Balls To the Wall. Não há dúvidas de que Marc Tornillo é um
enorme vocalista, fazendo esquecer que Udo já não se encontra à frente da banda, sempre muito bem acompanhado pelo enérgico e lendário guitarrista Wolf
Hoffmann, sempre com um sorriso nos lábios.
Do outro lado do Atlântico chegavam os Down. Embora Phil Anselmo tenha tentado incentivar o público, os alemães não demonstraram grande empatia pela
banda. Chegando mesmo a perguntar quantos fãs de Down estavam presentes, apenas alguns braços se levantaram.
Talvez por isso o concerto não teve a magia esperada. Os Down estão desde 2007 sem lançar um novo trabalho e isso também pode demonstrar algum do desinteresse do
público presente.
Phil Anselmo interpretou os temas com energia, mas o público não aderiu ao concerto e as bancadas foram esvaziando durante o decorrer.
Alguns dos temas revisitados foram Ghosts Along the Mississipi, Pillars Of Eternity ou Bury Me in Smoke.
O recinto voltou a encher por completo para assistir ao último concerto do dia. Haverá algo mais a acrescentar? Afinal, iam tocar os Slayer, considerada uma das 4
melhores bandas de Thrash Metal de todos os tempos, ainda para mais numa altura em que ainda está bem fresco na memória de todos o recente falecimento do seu grande guitarrista
Jeff Hanneman, que foi lembrado durante o concerto, sendo visível a sua guitarra em palco, assim como no final com uma grande faixa que lhe era dedicada. Para
iniciar o concerto, foi com um ar cansado que Tom Araya cantou World Painted Blood. Apesar do ar de cansaço, certamente resultado deste período
conturbado que a banda tem vivido nas últimas semanas, isso não se reflectiu na interpretação dos temas, e o público vibrou ao máximo com os vários clássicos, fazendo headbanging.
Bloodline foi outro dos temas "mais recentes", ao passo que muitos dos clássicos mais antigos, como War Ensemble, Mandatory Suicide,
Chemical Warfare ou Dead Skin Mask entre outras são cantados.
Raining Blood faz as honras de encerrar o concerto, tendo os Slayer direito a presentear o público com um encore com os temas: South of Heaven
e Angel Of Death.
DIA 3
Para abrir o 3º e último dia de festival, subiram ao palco os vencedores do concurso de rádio (Radio Bob), SkullBoogie.
Já é difícil abrir um dia de festival, quanto mais sendo uma banda praticamente desconhecida e às 11h20 da manhã!
Os SkullBoogie apresentaram-se bem dispostos, mas para um público muito reduzido, que após acordes iniciais foram-se aproximando do palco. Ofereceram cds ao público que se juntou às grades, para os primeiros headbangings do dia.
Os germânicos Kadavar subiram ao palco, ainda com um público muito tímido. O aspecto dos 3 membros da banda sugere uma viagem de regresso aos anos 70. A música começa
e temos a certeza que já lá estamos.
O baixo apresenta sempre um som reminiscente dessa época e os riffs de guitarra não enganam.
Black Sun e Goddess of Sun foram faixas tocadas do álbum homónimo de 2012, Kadavar. Doomsday Machine também se ouviu do novo
álbum Abra Kadavar, lançado pela Nuclear Blast.
Não conseguiram uma boa comunhão com o público, que foi indo e vindo durante todo o concerto, mas ainda assim agradaram aos fãs desta sonoridade mais retro.
Os Essence apresentam sempre uma energia que enche o ambiente. São uns jovens dinamarqueses com vontade de brilhar.
"Last Night of The Solace" é o último álbum com que nos brindaram com alguns temas como "Fractured Dimensions" ou "Final Eclipse".
O público ainda não estava com muita vontade de entrar no espectáculo, mas começaram a aproximar-se do recinto.
Os brasileiros Krisiun têm uma legião de fãs bastante grande na Alemanha.
A banda de death metal entrou a abrir e o público disparou para os lugares da frente onde o headbanging é mais fácil de ser feito!
O público aderiu muito bem aos brasileiros que tocaram o seu metal muito rápido e temas como Blood Of Lions e Kings of Killing.
Da Grécia, chegam-nos os Suicidal Angels. Quando os acordes da banda de thrash iniciam, o público volta a juntar-se aos lugares da frente.
Alguns dos temas tocados foram Bloodbath, Bleeding Holocaust e Apokathilosis, tendo havido ainda lugar para uma pequena "Wall of Death", pois
a disposição em forma de anfiteatro não permite grande espaço para este tipo de veleidades.
Enquanto se esperava que os britânicos Threshold subissem ao palco, o vocalista Damian Wilson aproveitou para se chegar às grades e meter conversa com
alguns fãs. Os Threshold são uma banda de rock progressivo e Damian Wilson demonstrou grande à-vontade, indo várias vezes ter com o público, tendo
mesmo chegado a dar a volta a correr às bancadas de Loreley, cumprimentando e fazendo "hi-fives" aos elementos do público por que passava. Temas como Don't Look Down e
Ashes foram ouvidos e entoados por fãs que demonstraram estar à altura de uma banda com já uma longa carreira e com uma enorme qualidade técnica.
Os Turisas subiram ao palco para darem início a mais uma batalha. Com o novo álbum para sair em Agosto e com uma Tour agendada na Alemanha para o Paganfest 2013, o
concerto prometia. Pintados nos seus habituais tons de vermelho e preto e ao som da March of Varangian Guard iniciaram o espectáculo. Sinto saudades das peles dos
primeiros concertos assistidos, mas o espectáculo é sempre de excelência. To Holmgard and Beyond seguiu-se com a loucura a invadir o público assistente. Embora o
recinto não seja muito propício a isso, conseguiu haver um mosh pit, que esfriou com a música seguinte - apesar de não conseguir uma boa reacção do público, a banda mantém ainda
The Great Escape nas setlists dos seus concertos. Após este notório esmorecer da audiência, segue-se um presente: uma música nova que irá fazer parte do novo álbum!
Honestamente e IMHO, espero que não seja a melhor. Nygard incansável de um lado para o outro do palco, a discursar ou a incitar o público, acompanhado por um
Olli também bastante activo!
Desde muito cedo se ouviram coros do público a entoar "Battle" de um lado e "Metal" do outro, mas foi preciso chegar-se ao fim do concerto para se ouvir a famosa Battle
Metal com que nos brindam para encerrar o ciclo. Um bocadinho áquem das minhas espectativas, alguns furos abaixo de outras actuações que já os vimos fazer no passado.
Para iniciar o concerto dos noruegueses Kvelertak, o vocalista Erlend Hjelvik subiu ao palco com uma máscara de coruja, tendo cantado o tema inicial
com a máscara na cabeça. A banda tem algumas influências de black metal e canta em norueguês, pelo que se torna difícil de acompanhar. O público dispersou um bocado, mas manteve-se
sempre activo, notando-se isso principalmente nos fãs de idade mais jovem. Kvelertak lançaram um novo álbum Meir que atingiu o número 1 no
Norwegianchart.
Sem dúvida que era o concerto que me deixava mais apreensiva. O novo álbum está fantástico, mas como seria este álbum interpretado ao vivo? Os primeiros acordes do When Times
Fade Away surgiram e os primeiros membros da banda entraram em palco. Seguiu-se o Sons of Winter and Stars com milhares de pessoas a entoarem em coro os "Rise".
O álbum continuou a ser tocado com muita classe e o culminar com o Time deixou no ar a sensação de missão cumprida! Tocaram ainda outros temas mais antigos, como
Beyond The Dark Sun, num concerto fantástico! A repetir em breve!
Os históricos Saxon pisaram o palco de Loreley e encheram os poucos lugares em falta do anfiteatro. Ouviram-se temas como Power and the Glory e
Princess of the Night, cantados e entoados pelo público presente no recinto do Metalfest. Indicando que já tinham estado em Loreley em 1981 no festival "Monsters of
Rock" onde cantaram o Heavy Metal Thunder, resolveram repetir o feito, seguindo-se também 747 (Strangers In The Night e Wheels of Steel a
fechar uma noite em que os Saxon demonstraram que embora já não sejam uns "meninos" sabem sempre portar-se à medida de uma grande banda!
A terminar o dia e o festival, os alemães Subway to Sally subiram ao palco para terminarem em beleza!
Um concerto frenético, com boa disposição e com direito a crowd surf logo a abrir por parte do carismático frontman Eric Fish, ainda antes de arrancar o 1º tema,
Das Schwarze Meer. O concerto teve ainda direito a muitos efeitos de fogo e de fumo ao longo de diversos momentos, chegando até Eric Fish e
Bodenski a cuspir fogo. Para além destes efeitos, o próprio palco estava sempre em constante animação com as deambulações dos SETE elementos em palco e utilização
dos diversos instrumentos musicais a que esta banda nos habituou, como violino, flauta, gaita de foles, entre outros! Eric Fish é um poço de energia, raramente
parando em palco. De entre os muitos temas tocados, conseguimos identificar Tanz auf dem Vulkan (dificuldades de quem não percebe a língua alemã). O concerto terminou
com uma canção de embalar, Julia und die Räuber mas os Subway To Sally tiveram ainda de voltar ao palco, pois o público não arredou pé. Um grande final
para a edição deste ano, esperamos voltar a Loreley em 2014 para mais um Metalfest!!!