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Reportagens de Concertos
Blodsvept Over Europe Tour 2013 - Madrid
2013-10-13 | Sala Caracol

Foi pelas 16 horas que finalmente encontrámos a Sala Caracol, tarefa que se afigurava difícil considerando que esta era a nossa estreia em Madrid. Depois de diversas voltas pelas avenidas e rotundas da capital Espanhola, dispostas num complexo sistema de tráfego que diversas vezes nos pareceu incompreensível e anárquico, lá conseguimos desencantar um raro local de estacionamento e partir à descoberta da sala, que efectivamente não se encontrava a muitas ruas de distância. À porta, onde meia dúzia de fãs já se encontravam à espera, tivemos a oportunidade de cumprimentar Terji, dos Týr, com quem trocámos curtas impressões. A partir das 18 horas o público lá começou a aparecer em maior número, criando-se uma fila ao longo da rua que foi crescendo até à abertura das portas às 19h30.


Skálmöld
2013-10-13 20:00 | 30 min
Os islandeses Skálmöld subiram ao palco às 20h em ponto para a difícil tarefa de abrir uma noite recheada de folk/pagan metal. De imediato constatámos que, apesar de apenas ainda contarem com 2 álbuns na sua carreira, o sexteto conta já com uma legião considerável de fãs por terras Espanholas, e assim que os primeiros acordes de Árás soaram o público começou a juntar-se ao palco. Com o tempo limitado a 30 minutos, o concerto contou apenas com 6 músicas, tendo sido com Gleipnir o momento alto do espectáculo. Esta foi uma excelente forma de abrir a noite, com uma banda com muita qualidade e que apresenta alguns pormenores invulgares, como o facto de que todos os membros cantam, ou ainda o facto do guitarrista Baldur Ragnarsson tocar descalço.

Týr
2013-10-13 20:55 | 45 min
Vindos das Ilhas Faroé, seguiram-se os Týr. Depois da agradável surpresa que foi vê-los pela primeira vez há uns anos atrás no Wacken Open Air, perguntava-me como seria vê-los agora pela segunda vez... O concerto arrancou em força com Hold the Heathen Hammer High, com a banda a mostrar-se mais sorridente e bem mais à-vontade do que me recordava do concerto de 2010. Mesmo Amon Djurhuus Ellingsgaard, o baterista que tem acompanhado a banda nesta tour, apresentou-se ao nível do que se esperava. Seguiu-se Blood of Heroes, o primeiro single do último álbum Valkyrja, que marca a estreia da banda pela Metal Blade. O público mais receptivo e conhecedor deste último trabalho da banda, tendo-o demonstrado também nos outros 2 temas deste álbum interpretados nesta noite - Mare of my Night e Another Fallen Brother. Em Sinklars Vísa, do álbum Land de 2008, Heri Joensen introduziu o tema explicando que este conta a batalha dos Escoceses que se iam aliar aos Suecos mas acabaram por ser derrotados pelos Noruegueses. Perto do fim, a banda reservou-nos uma surpresa ao incluir na setlist Wings of Time, do álbum Ragnarok (2006), tema que não estava a ser tocado nesta tour. Para terminar o concerto, nova lição de história, desta vez mais recente e dedicada ao imbecil Alemão de Berlim ("a moron from Berlin") que os acusou de serem nazis, situação que serviu de inspiração para o tema com que encerraram a actuação, Shadow Of The Swastika. Na minha humilde opinião faltou um Hail to the Hammer ou mesmo um By the Sword in My Hand. Soube a pouco.

Finntroll
2013-10-13 22:05 | 90 min
Da Finlândia, chegaram-nos os cabeça de cartaz, que não precisam de apresentações. Os Finntroll dão o espectáculo que querem e conseguem o que querem do público, e assim tiveram direito a vários mosh pits e mesmo um wall of death. A banda entrou em palco de orelhas afiadas e caras pintadas e Mathias "Vreth" Lillmåns entrou teatricalmente com uma rosa amarela na boca que ofereceu a uma espectadora - infelizmente não foi a mim! Com o álbum Blodsvept saído este ano, era de esperar que muitas músicas se ouvissem desse album e sim, a primeira música foi mesmo o tema-título Blodsvept, arrancando de forma prometedora! Para segunda música escolheram Solsagan, do anterior Nifelvind (2010). Samuli "Skrymer" Ponsimaa teve alguns problemas técnicos no início do concerto e até tivemos um interlúdio da "Garota de Ipanema", versão Mathias "Vreth", para nos entreter enquanto o problema era resolvido. Só na sexta música recuaram aos primórdios da sua carreira com o tema Slaget Vid Blodsälv do álbum de 2001 Jaktens Tid. Seguiram-se alguns temas antigos, mas novamente fomos agraciados por mais uma nova música När Jättar Marschera. O público aderia a todos os pedidos de Mathias e trauteava as músicas da melhor maneira que podia. A primeira parte do concerto terminou com Jaktens Tid do álbum homónimo de 2001, tendo a banda voltado ao palco para o encore onde tocaram mais dois temas - Nattfödd, do álbum com o mesmo nome de 2004, e para o término o excepcional Trollhammaren! Desde 2009 que os esperava ver novamente, foi pena que nao tivesse sido em Portugal, mas valeram os 1100km percorridos! :D