Os Xandria tiveram um set de apenas cerca de 30 minutos, que soube a pouco para uma banda já com um certo historial e com um excelente último álbum para apresentar. E foi precisamente neste último trabalho que basearam o concerto, tendo apenas concedido uma excepção no tema final, o conhecido Ravenheart. Demonstraram um enorme à vontade, apesar de se estarem a apresentar com um baixista substituto, e uma enorme simpatia - chegaram mesmo a falar com o público em português com sotaque brasileiro, indicando que no final dos concertos estariam lá fora nas bancas de merchandising para confraternizar com os fãs. O som esteve sem falhas, a interpretação também, e a nova vocalista, Manuela Kraller, confirmou toda a qualidade que já tinha apresentado no novo álbum! Para rever num concerto com uma maior setlist!
Em mais um concerto extremamente antecipado pelo público, os Stream of Passion demonstraram todo o seu virtuosismo ao longo de 45 minutos de actuação. A vocalista Marcela Bovio, munida da sua voz ou, por vezes, do seu invulgar violino em forma de Flying-V, foi o principal foco de atenção, sem querer com isto retirar importância aos restantes elementos da banda - todos pareceram estar bastante satisfeitos com a prestação e com a reacção do público e, não fora pelos problema técnicos do guitarrista Eric Hazebroek que o impediram de participar nas duas últimas músicas, teria sido uma actuação perfeita. Finalmente, assim como tinham feito os Xandria, mas desta vez num português com sotaque espanhol, também os Stream of Passion anunciaram a sua presença no final dos concertos junto às bancas de merchandise.
Depois de uma exageradamente longa introdução, eis que entram em palco os Epica para o último concerto da noite. Todos os elementos bem dispostos, incluindo Rob van der Loo, que veio este ano substituir Yves Huts no baixo. Apesar de virem apresentar o novo álbum, Requiem for the Indifferent, toda a discografia foi percorrida ao longo de cerca de 90 minutos de concerto, em que a banda demonstrou que a máquina está bem oleada e que todos os elementos a que já nos habituaram nos seus concertos permanecem bem presentes, aliados à natural evolução e maior maturidade de uma banda que tem mantido uma regularidade e estabilidade surpreendente. Assim, tivemos direito a presenciar a boa disposição do líder Mark Jansen, o teclado rotativo de Coen Janssen, um solo de bateria e até mesmo, no intervalo antes do encore, alguns acordes do tema Alma Mater dos nossos Moonspell. E, claro, tivemos o prazer de ver e ouvir Simone Simons, que entre a interpretação sem mácula das diversas músicas ainda teve tempo de recordar um anterior concerto dado do outro lado do rio, no saudoso Hard Club original. O concerto surpreendeu pela positiva quem esperava ver uns Epica em modo automático, tendo sido um prazer revê-los pela 4ª vez. No final, prometeram voltar - pela reacção, o público também voltará!