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Reportagens de Concertos
Amon Amarth
2015-02-11 | Hard Club

Os vikings do death metal melódico estavam de volta a Portugal e para além de esgotarem o Paradise Garage também se preparavam para praticamente encher a Sala 1 do Hard Club. A acompanhá-los, Savage Messiah e Huntress juntavam diversidade de estilo a uma noite que prometia tornar-se bem animada...

Savage Messiah
2015-02-11 20:30
A abertura esteve a cargo dos britânicos Savage Messiah. Na escuta que tinha feito previamente ao concerto tinham soado a um heavy metal rápido e musculado, que ia vagueando entre o power e o thrash mas fazendo-o sem arriscar, de forma genérica e sem grandes elementos diferenciadores ou especialmente interessantes. Ao vivo conseguiram surpreender ao apresentar uma imagem mais personalizada e competente, com alguma movimentação em palco e muita interação com o público, que rapidamente foi aderindo aos apelos da banda. A actuação baseou-se apenas no mais recente trabalho The Fateful Dark, lançado em 2014, abrindo com um trio de temas fortes, começando com Iconocaust, seguido de Cross of Babylon e logo depois o single Hellblazer. Os restantes 3 temas da actuação esmoreceram um pouco o ambiente, mas ainda assim mantiveram o público suficientemente interessado. Com uma melhor distribuição dos trunfos pela setlist (e 1 ou 2 temas dos álbuns anteriores) podiam ter mantido a chama ao rubro por mais tempo.

Huntress
2015-02-11 21:15
Seguiram-se Jill Janus e os seus Huntress. Já os tinhamos visto ao vivo em 2012 no Metalfest Loreley, mas ainda assim continuamos a ser surpreendidos pela postura simultaneamente estranha e cativante da alta e esguia vocalista. O concerto abriu como há 3 anos atrás com Senicide, com a crueza das guitarras a puxar pelo público, acompanhadas pela ora rouca ora estridente voz de Jill, qual versão feminina de King Diamond, alternando vozes em diferentes registos. A restante banda é bastante competente e a sonoridade global pareceu-nos mais compacta do que no passado, mas é inevitável que Jill sobressaia face aos restantes colegas de banda e roube o show com o seu gesticular (in)característico. Os temas foram-se seguindo uns após os outros e acabam por cada vez mais ir soando todos demasiado semelhantes entre eles, com a excepção de Spell Eater, uma das grandes malhas da banda, e de I Want To Fuck You To Death, tema criado em colaboração com o lendário Lemmy Kilmister. O final foi também como há 3 anos atrás, com Eight of Swords.

Amon Amarth
2015-02-11 22:25
Finalmente, a banda que todos esperavam e que tinha provocado esta enorme enchente na Sala 1 do Hard Club. Com cenários bélicos como pano de fundo e Run To The Hills dos Iron Maiden como introdução, os músicos foram entrando em palco para uma sala em êxtase. Bastante sorridentes, arrancaram desde logo com Father Of The Wolf e colocaram o povo em movimento, algo que não vemos muito habitualmente no Hard Club (para muita felicidade de nós que estamos naquele exíguo fosso). Depois de termos visto o magnífico concerto destes vikings em pleno Wacken Open Air no verão passado, com direito a uma gigante serpente e demais acessórios e muitos efeitos visuais em palco, temíamos que este concerto nos viesse agora a saber a pouco, mas estes suecos não brincam em serviço e Johan Hegg desde logo tratou de criar uma forte empatia com o público e colocar tudo a mexer. apresentaram uma setlist bem extensa e cheia de grandes temas, e trouxeram à Sala 1 canhões de fumo, que raramente temos visto por cá e que ajudaram a criar um pouco de ambiente e emoção adicional perante os presentes. Temas como Asator, Death In Fire ou Cry of the Black Birds colocaram toda a sala em movimento enquanto hinos inevitáveis como Deceiver of the Gods ou Guardians of Asgard foram cantados bem alto por toda a sala. Após Victorious March, a banda despede-se mas rapidamente regressa para o encore com Hegg a empunhar um mjölnir bem alto, ou não se fosse seguir o tema dedicado a Thor - Twilight of the Thunder God. Para finalizar, e com direito a toda uma sala a cantar bem alto os riffs de guitarra, The Pursuit of Vikings, e promessas deixadas de rapidamente cá voltar.

PAAAA-PARAA-PA-PAAAA!!!

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