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Reportagens de Concertos
Amon Amarth
2016-11-10 | Coliseu do Porto

Nota prévia: esta reportagem não inclui fotografias devido a não nos ter sido dada autorização para realizar reportagem fotográfica do evento. No entanto, não podíamos deixar de estar presentes num evento desta envergadura, pelo que aqui fica a nossa reportagem escrita.

Amon Amarth
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Finalmente, era chegada a vez dos Vikings! Com a bateria montada ao centro sobre um enorme capacete Viking, os Amon Amarth entraram em palco e abriram o set com The Pursuit Of Vikings, um dos temas máximos do quinteto sueco. Johan Hegg rapidamente se chegou à frente para tomar de assalto o público, enquanto por sua vez o palco era tomado de assalto por figurantes vikings que iam encenando batalhas ao lado dos músicos. A setlist apresentou um especial enfoque no novíssimo álbum Jomsviking, da mesma forma que tinhamos visto no palco principal do Graspop, em Junho passado, mas nesta actuação tudo soou mais empolgante - muito por força da animação do público nacional, em contraste com a apatia evidenciada na altura pelo público belga. First Kill e The Way of Vikings reforçaram a qualidade dos novos temas, enquanto que velhos clássicos como Cry of the Black Birds ou Death in Fire encantaram público novo e velho. Com um pano de fundo imponente a acompanhar os efeitos de luz e fumo, este foi um espectáculo de altíssimo nível, a par dos concertos que os temos visto dar em palcos dos maiores festivais de Metal europeus, sendo de celebrar o facto de ter sido possível incluir este espectáculo em solo nacional, numa sala de dimensão suficiente para o efeito. Em One Thousand Burning Arrows, os vikings voltaram ao palco equipados de arco e flecha, e pouco depois foi a vez de Loki fazer a sua aparição ao som de Father of the Wolf. Depois de Runes to my Memory e War of the Gods, a banda regressou ao palco para o encore, com um dos novos temas favoritos do público Raise Your Horns, seguido do clássico Guardians of Asgaard. Quando o concerto parecia chagado ao fim, e perante surpresa geral, a serpente gigante Jörmungandr surge em palco, enorme e imponente! A banda regressa com Hegg a empunhar Mjölnir, o martelo de Thor, fazendo-o cair sobre o palco ao som de Twilight of the Thunder God, causando uma explosão de luz e som. O público entrou em êxtase com esta encenação e o tema final foi um turbulhão de cabelo e corpos no ar! A noite chegava assim ao seu final, com a maré humana a vagarosamente esvaziar o Coliseu, como se tentassem reter o máximo de memórias desta noite por tanto tempo quanto possível. E que grande noite esta!


Testament
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Seguiram-se os thrashers norte-americanos Testament, num palco que se encontrava montado a rigor, com direito a alguns adereços e efeitos de luz que complementaram com grande estilo uma actuação que se iria revelar surpreendente. Abrindo com o tema-título do recente Brotherhood of the Snake, rapidamente se percebeu que este seria um concerto bem mais animado do que aqueles a que a banda nos tem vindo a habituar em ocasiões anteriores. O tom morno e mecanizado que víramos no passado foi substituído por uma garra e energia que não lhes conhecíamos, em anos recentes, e temas novos e velhos soaram como há muito não os ouvíamos. A sequência The Pale King, Disciples of the Watch e The New Order é um dos exemplos disso, com Chuck Billy sempre de micro em riste, ora cantando ora acompanhando os solos de guitarra, sempre a animar uma plateia que esteve ao rubro ao longo de toda a actuação, com crowd-surf constante e enormes sorrisos espelhados nas faces. Alex Skolnick e Eric Peterson estiveram também em grande plano, encantando o público que se encontrava mais à frente nas grades, e o regressado Steve Di Giorgio substituiu com enorme classe Greg Christian no baixo. A sequência final com Into The Pit, Over The Wall e The Formation of Damnation foi demolidora, com o público a redobrar energia e o circle-pit ganhou uma dimensão gigantesca, enquanto a maré de crowd-surfers não parou até aos últimos acordes. Fantástico este concerto de regresso dos Testament a solo nacional!


Grand Magus
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O Coliseu do Porto foi palco esta passada 5a-feira de um dos eventos do ano, em solo nacional! É certo que o cartaz prometia, mas quaisquer expectativas que poderiamos ter foram amplamente ultrapassadas, em cada uma das 3 actuações que encheram a noite e a alma da enorme moldura humana que encheu a sala nortenha. A noite abriu à hora marcada com os suecos Grand Magus. O trio liderado por JB entrou ao som da banda sonora do filme Conan The Barbarian e arrancou logo de seguida com I, The Jury. Já tivemos a oportunidade de ver esta banda em duas edições do festival Metalfest Loreley, na Alemanha, e também este ano no Graspop Metal Meeting, e sempre ficámos com a impressão de que a actuação da banda ao vivo fica uns furos abaixo do que gostaríamos, não conseguindo encher o palco. Ainda assim, ficámos agradavelmente surpreendidos com uma actuação muito sólida e mais personalizada do que as que tínhamos anteriormente presenciado. O jogo de luzes que acompanhou a actuação foi um espectáculo dentro do espectáculo, e acompanhou de forma soberba o tom épico de temas como o mais recente Varangian ou o clássico Iron Will. Apesar do público estar maioritariamente para assistir às restantes duas bandas da noite, e estar um pouco alheado da sonoridade mais clássica dos Grand Magus, foi com o tema de encerramento Hammer of the North que se verificou o primeiro grande momento da noite, com muitos braços no ar e muitas vozes a acompanhar bem alto ao longo do tema, respondendo da melhor forma aos incentivos do baixista Fox. Um excelente arranque de noite!