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Reportagens de Concertos
Wacken Open Air 2019
2019-08-01 | Wacken

Depois da nossa pausa sabática do ano passado, dizer que estávamos bastante ansiosos por este regresso ao Wacken era, no mínimo, um eufemismo. O Wacken Open Air tem sido, ano após ano, o festival que nos deixa mais e melhores recordações, onde encontramos os melhores concertos e o melhor ambiente, pelo que a emoção era muita quando finalmente começámos a ver as placas que nos encaminhavam para os velhos conhecidos caminhos que nos levariam em direcção a Wacken e à zona do festival. O ambiente pela estrada principal desta pequena (e ENORME) localidade alemã era já de festa, com um constante fluxo de pessoas sempre a percorrer a estrada de cima a baixo, com grandes sorrisos nas faces e copo/garrafas/latas de cerveja nas mãos. Depois de feito o check-in e de termos deixado a tenda montada, em tempo recorde, encaminhámo-nos rapidamente para área do festival onde iríamos assistir aos primeiros concertos desta maratona de 4 dias que teríamos pela frente. Pelo caminho, constatámos que a loucura e a diversão continuam a caminhar lado a lado pela zona do acampamento, neste festival, ao passarmos pelos mais hilariantes setups na longa caminhada pelos diversos sectores que constituem esta zona. Quando a caminhada estava próxima de terminar, deparámo-nos, perto da entrada do recinto, com algo que nunca tinhamos ainda visto - um enorme super-mercado foi criado de raíz, dentro da zona do acampamento! Um enorme edifício foi criado apenas para estes dias, disponibilizando de forma simples e rápida (e a preços normais, não inflacionados) os mais variados artigos para maior comodidade de todos os festivaleiros! Só mesmo aqui!!!

Feita que estava a primeira volta exploratória, estava na hora de nos encaminharmos em direcção aos palcos, para assistirmos aos primeiros concertos...



DIA 0
Axxis
2019-07-31 14:18
Depois da rápida passagem exploratória por toda a área envolvente ao festival, lá seguimos em direção ao Bullhead City Circus para assistir ao primeiro concerto destes 4 dias, com os alemães Axxis. A banda de heavy/power metal teve origem em 1989 e ainda vem lançando álbuns hoje em dia, pelo que apresentaram um set que incluiu novas músicas e velhos clássicos. Foi uma boa maneira de começar nossa maratona de concertos, com um conjunto de temas que colocou um sorriso em muitas das caras presentes, passando por Heaven in Black ou Love Is Gonna Get You Killed. Os membros em palco desempenharam os seus papéis de forma simples e eficaz, com destaque para Bernhard Weiß, a mostrar que a sua voz ainda está para as curvas. O melhor ficou para o final, com os dois clássicos Living in a World e Kingdom of the Night.

Katla
2019-07-31 15:07
De seguida demos um salto até ao History Stage para assistir à WOA Metal Battle. A banda dinemarquesa Katla estava em palco, com o trio a mostrar uma sonoridade stoner/doom, apesar de se apresentarem em palco com um visual mais habitualmente visto em bandas de black metal, com enormes cruzes invertidas e luzes maioritariamente em tons de vermelho.

Helsott
2019-07-31 16:08
Saímos do History Stage directamente para o Wackinger Stage. Este é um dos meus palcos favoritos do Wacken, pois tem sempre bandas com sonoridades e posturas em palco bastante animadas, como mais uma vez se confirmou com os norte-americanos Helsótt. O quinteto apresentou-se em palco com pinturas e vestes pagan/viking e a sua sonoridade folk/death rapidamente animou o público, que foi aderindo com headbanging e braços no ar, mesmo quando a chuva começou a ameaçar estragar a tarde.

Angelus Apatrida
2019-07-31 17:47
Depois de uma pausa forçada no festival devido a um alerta meteorológico, que levou a uma retirada ordeira de todas as pessoas para fora das zonas de concertos e uma recomendação de que se abrigassem nas respectivas viaturas, facultando também abrigo a outros metalheads se necessário, as coisas lá voltaram ao normal e o plano de concertos foi retomado, pelo que demos um salto até ao Wasteland Stage para espreitas os nuestros hermanos Angelus Apatrida, que debitaram o seu thrash perante uma plateia que aos poucos lá foi aparecendo de volta no recinto.

Cesair
2019-07-31 18:24
Mais um salto até ao Wackinger Stage para a actuação dos Cesair, que nos traria mais um pouco de folk, agora numa vertente mais tradicional, com a distorção a ser substituida por diversos instrumentos tradicionais como o acordeão, violino, bandolim, entre outros. Apesar de ser uma sonoridade bem distante do metal, a actuação criou uma atmosfera enigmática e capturou a atenção do público, que foi retribuindo com muitos aplausos os temas apresentados.

Torment
2019-07-31 19:09
No Wasteland Stage, o thrash continuava a dar cartas, agora por intermédio dos Torment. Com uma atitude quase a roçar o punk, foram sacando alguns headbangs de um público que estava ainda aos poucos a voltar aos palcos.


Violons Barbares
2019-07-31 19:52
No Wackinger Stage, o folk também continuava a animar o público, agora com os Violons Barbares. O trio apresentava-se em palco com 2 estranhos instrumentos de corda/arco, um mais semelhante a um violino enquanto o outro, de maior dimensão, mais aproximado a um violoncelo, sendo os dois acompanhados por uma bateria.O ritmo era animado e acelerado, e contava ainda com uma interessante vocalização que utilizava por diversas vezes o mongol throat singing, num resultado final bastante impressionante e criativo.


Chumatskyi Shlyah
2019-07-31 20:37
Entretanto, fomos ainda espreitar novamente a Wacken Metal Battle, no History Stage, deparando-nos com Chumatskyi Shlyah, da Ucrânia. O quarteto apresentou uma sonoridade algo diversa, com fundia influências de folclore com o peso e groove do metal mais alternativo, num resultado cativante e inesperado. Sobre o palco, eram visíveis uns longos tubos à volta dos suportes dos microfones, assim como uma máscara que seria utilizada pelo vocalista, sempre irrequieto ao longo da actuação.

The Sisters of Mercy
2019-07-31 23:22
O Dia 0 seria encerrado com os The Sisters of Mercy, no W.E.T. Stage. A actuação abriu com More, no meio de muito fumo e uma estranha escolha de iluminação que deixava o palco praticamente às escuras, à excepção de um ou outro foco muito concentrado, que fazia com que apenas víssemos uns "tubos" de luz no meio da escuridão. Andrew Eldritch abordou por diversas vezes a vocalização do tema com contornos algo distantes daqueles que todos nós conhecemos - algo que se iria verificar por diversas vezes ao longo desta actuação, ao ponto de tornar quase irreconhecíveis alguns dos clássicos da banda. Para além da escuridão, fumo e contra-luz, também não pudemos deixar de estranhar o facto da filmagem da actuação ter sido feita sempre à distância, estática, sem nenhum zoom nem nenhum close-up, contrariamente ao que acontece com qualquer outra banda a actuar neste palco ou festival. Mesmo com uma setlist repleta de temas icónicos, a sua interpretação e a apresentação da banda em palco tornaram a frustrar as nossas expectativas.

DIA 1
Diary of Dreams


Tribulation


Mambo Kurt
2019-08-01 11:09
Arrancámos o Dia 1 do festival com uma visita à zona mais próxima dos palcos principais, o que nos acabou por levar até ao Beergarden Stage, para assistir a um dos clássicos do Wacken Open Air - Mambo Kurt. Este músico e comediante alemão tem sempre presença garantida em todas as edições do festival, chegando mesmo a actuar mais do que uma vez em cada dia do festival, sempre para deleite da assistência que adere em massa às diversas covers que fazem parte do seu reportório enquanto aproveitam para descansar, matar a sede e retemperar as forças, sentados nos longos bancos do beergarden.


Ragnaröek
2019-08-01 11:43
No Wackinger Stage, os Ragnaröek traziam-nos um rock medieval bem animado, num estilo muito habitual por terras germânicas, combinando as guitarras eléctricas com outros instrumentos como a gaita de foles, e temas cantados em alemão. Apesar de não conseguirmos perceber as letras, não deixámos de nos divertir, como o restante público presente.

Grog
2019-08-01 13:06
Do Wackinger Stage, demos um salto então até ao History Stage para um dos momentos que fazemos sempre questão de assistir aqui em Wacken - a actuação dos representantes lusos na Wacken Metal Battle. Este ano coube aos veteranos do death/grind Grog, perante uma plateia bem composta e que viria até a protagonizar alguns momentos bem animados, com circle pits a formarem-se dentro da tenda ao longo da curta mas intensa actuação que arrancou com Uterine Casket. Pedro Pedra mostrou-se sempre em destaque com os seus guturais, bem coadjuvado pelos seus restantes companheiros de palco Ivo Martins, do seu lado direito, o encapuçado Alexandre Ribeiro do lado oposto, e lá atrás, na bateria, Rolando Barros. A excelente qualidade sonora proporcionada pelo Wacken neste palco (e obviamente em todos os restantes), deu contornos a esta actuação que raramente conseguimos ver repetidos, e temas mais técnicos como Hanged by the Cojones conseguiram mostrar também este lado mais tecnicista de forma mais evidente, sempre sem perder toda a brutalidade sonora que lhes é característica. O final chegaria com Ass Sapiens, havendo ainda de seguida uns momentos de confraternização com alguns apoiantes nacionais que também fizeram questão de vir assistir a esta actuação.

Trainwreck
2019-08-01 14:06
Continuámos no History Stage para assistir a actuação dos Trainwreck. A banda oriunda do Bangladesh entrou em palco com uma bandeira do seu país pendurada na guitarra de um dos 2 guitarristas, e apresentou uma sonoridade que variou entre o thrash e o hardcore, com algum groove e até uns pormenores mais progressivos. Demonstraram boa técnica, com alguns solos até bem interessantes, mas pecaram por apresentar um visual completamente despreocupado e descoordenado, com um elemento em boné e tronco nú, outro com casaco de tropa enquanto outros 2 se encontravam de tshirts, o que não deixa de ser estranho tratando-se esta de uma competição em que temos visto as bandas cada vez mais preocupadas também com a componente mais visual das suas actuações.

Harpyie
2019-08-01 14:37
Num breve retorno ao Wackinger Stage, mais um bom momento de folk/medieval rock com os Harpyie, mais uma banda a apresentar-se com visual medieval e a combinar o peso das guitarras com elementos folk como violino e gaita de foles.

Dragony
2019-08-01 15:07
No History Stage, vimos ainda um dos participantes mais interessantes da Wacken Metal Battle deste ano, os Dragony. A banda austriaca apresentou um melodic power metal bem conseguido e com boa prestação sobre o palco, com o vocalista a mostrar-se em bom plano, gesticulando e captando as atenções do público, que ia acompanhando com braços no ar e até mesmo a saltar em determinados momentos.

Wiegedood
2019-08-01 15:40
Do power metal melódico passamos para o black metal dos Wiegedood, na tenda Bullhead City Circus. O trio belga proporcionou uma actuação brutal e repleta de intensidade, sobre um palco dominado pelas sombras e jogos de luzes.


Skáld
2019-08-01 16:13
Mais um regresso ao Wackinger, agora para assistir aos Skáld, que deram uma excelente actuação com a sua sonoridade folk. O palco encheu-se de instrumentos bem invulgares e músicos vestidos a rigor, quais vikings, cantando melodias (em línguas por nós desconhecidas - talvez nórdicas?) que iam hipnotizando o muito público presente.

Veritatem Solam
2019-08-01 17:06
Continuando no incansável ciclo que neste dia nos ia levando de palco em palco, era altura de mais uma viagem até ao History Stage para a actuação dos Veritatem Solam, representantes do Egipto na Wacken Metal Battle. Um visual simples mas consistente, e um death metal competente mas que não se destacou particularmente dentro do género.


Necrophobic
2019-08-01 17:34
Quem se destacou - e muito - foram os Necrophobic, que deram um enorme concerto no Headbangers Stage. A intensidade do seu blackened death metal, por si só, seria já digna de referência, mas a banda sueca consegue juntar a isso uma majestosa presença em palco, com muita movimentação e muita interacção com o público, tanto por parte do incansável vocalista Anders Strokirk como dos seus restantes elementos.Memorável!

Monarch
2019-08-01 18:06
Mais uma deslocação para assistir a mais uma Metal Battle, os Monarch. A banda norte-americana mostrou um thrash que aliava muita técnica à habitual velocidade imposta por este género, captando as atenções do público por isso mesmo - e pelo facto do vocalista se ter apresentado em palco com o fato do Son Goku.

Coppelius
2019-08-01 19:07
No Wackinger, mais uma das actuações inesperadamente cativantes que este palco habitualmente nos reserva. Os Coppelius apresentaram-se em palco vestidos a rigor, parecendo quase saídos da era victoriana, com cartolas e tudo, e nos seus temas demonstraram uma enorme teatralidade a acompanhar temas que seriam considerados de rock/metal, se não tivessemos a acompanhar a bateria instrumentos tão invulgares como um contrabaixo ou um par de clarinetes, que por vezes protagonizavam hilariantes duelos de solos. Genial!


Monstagon
2019-08-01 19:55
Outra actuação que incluiu alguma teatralidade foi a dos Monstagon, no Wasteland stage. A banda alemã encaixou que nem uma luva neste palco, graças ao seu visual pós-apocalíptico, captando mais as atenções do público pelo visual do que pela sua sonoridade heavy/rock, bem menos extrema do que se esperava pela forma como a banda se apresentava.


Varang Nord
2019-08-01 20:05
No History stage, era agora a vez dos Varang Nord, representantes da Letónia no Wacken Metal Battle. A banda de folk metal apresentou-se vestida a rigor e com uma enorme caveira de um alce mesmo ao centro, à frente do suporte de microfone do vocalista. Um pouco mais ao lado, era visível outra caveira, de menor dimensão, junto a um pequeno set de percussão que seria utilizado ao longo da actuação em simultâneo com a bateria, dando uma sonoridade mais tribal ao ritmo da bateria "principal". De referir também a presença de uma acordionista, que aparentava ser bastante jovem, mas sempre bastante movimentada sobre o palco. A sonoridade pagan/folk apresentada ao longo da curta actuação foi muito bem conseguida e a prestação sobre o palco foi das melhores que vimos na competição deste ano, com um enorme à vontade, enérgica e sempre animada, mantendo muito do público sempre aos saltos.

Sabaton
2019-08-01 21:25
Este primeiro dia "oficial" de festival reservava-nos uma actuação muito especial - uma actuação de cerca de 2 horas de duração que celebrava os 20 anos de carreira dos Sabaton. A banda sueca tem sido responsável por alguns dos melhores concertos vistos em edições anteriores deste festival, como poderão recordar nalgumas das nossas anteriores reviews, mas desta vez conseguiram superar-se! Os 2 palcos principais do festival estavam reservados para uma actuação que arrancou, no palco mais à esquerda, logo a seguir à introdução, com Ghost Division, com o fantástico palco a recriar um cenário de guerra, com trincheiras, arame farpado e o enorme (cada vez maior?) tanque. Foguetes estouravam e jatos de chamas eram disparados em todas as direcções, num espectáculo visual fantástico, que acompanhava na perfeição os temas que se iam seguindo. O anterior guitarrista Thobbe Englund juntou-se à banda para Fields of Verdun e Shiroyama, e pouco depois, em The Price of a Mile o palco ficaria repleto com um enorme coro, todo ele vestido com diversos uniformes militares. Pouco depois, o baixista Pär Sundström dirigir-se-ia para o palco mais à direita e, depois de um emotivo discurso, deu as boas vindas ao palco aos antigos membros Thobbe Englund, Daniel Mullback, Daniel Mÿhr e Rikard Sundén. As 2 versões da banda seguiram a actuação em simultâneo a partir desse momento, começando com o tema 40:1 e passando por temas como Night Witches ou The Art of War ou mesmo a mais recente The Great War. Pelo meio houve ainda um duelo de solos de bateria, e também, já mais perto do fim, depois de Primo Victoria, a presença em palco da conhecida violinista Tina Guo, que teria o direito de escolher o tema que a banda iria tocar de seguida - que seria o inevitável Swedish Pagans, acompanhado em coro por muitos milhares de vozes que enchiam por completo o recinto principal do festival. Para o final ficaria ainda To Hell And Back, culminando de forma perfeita um concerto que também ele foi praticamente perfeito, mais um daqueles momentos inesquecíveis que só o Wacken nos consegue proporcionar!

Triumph Of Death
2019-08-01 23:17
A noite não ficaria encerrada sem uma última paragem. No W:E:T stage, Tom G. Warrior levou-nos numa viagem ao passado com os seus Triumph of Death, projecto com que revisita os velhos temas que lançou no início da década de 80 com os seus Hellhammer. A sonoridade old-school e a reconhecida vocalização do carismático Tom G. Warrior foram a banda-sonora perfeita para este final de dia, com as guitarras arrastadas a tomarem conta dos nossos corpos uma última vez antes do merecido descanso.

DIA 2
Equilibrium
2019-08-02 10:12
O segundo dia do Wacken 2019 arrancou bem cedo, às 11 da manhã, com os Equilibrium no Faster stage. Apesar da recente - e drástica - alteração que a banda alemã efectuou na sua sonoridade, abandonando aquele folk metal épico com que se apresentaram ao mundo, com os álbuns Turis Fratyr e Sagas, esmagando-o debaixo de uma muralha de influências pop/emo/core no seu mais recente álbum Renegades, não pudemos deixar de aparecer para verificar se esta transformação iria também travestir os temas antigos, reflectindo esta mudança de direcção. Não foi o caso, e os muitos temas mais antigos foram tocados sem grandes alterações, ainda que sem a magia de outros tempos, como na épica - e tremendamente sobre-lotada - actuação na edição de 2010, no Wackinger Stage.

Queensrÿche
2019-08-02 11:05
Mesmo ao lado, no Harder Stage, seria a vez dos Queensrÿche. A actuação abriu Blood of the Levant, do mais recente álbum The Verdict, passando logo de seguida a revisitar o seu vasto catálogo de antigos clássicos, repartindo de forma Salomónica as atenções no que a álbuns diz respeito. A actuação decorreu sem sobressaltos, e com [membe]Todd La Torre a continuar a demonstrar a sua capacidade vocal, replicando na perfeição o timbre original de Geoff Tate ao longo da actuação, que incluiu temas bem conhecidos como Walk in the Shadows, Queen of the Reich, Operation: Mindcrime, Take Hold of the Flame, Jet City Woman ou Empire. Uma boa actuação, ainda que um pouco em "modo automático", mas que terá certamente deixado satisfeitos todos os fãs da banda.

Gloryhammer
2019-08-02 12:14
Continuando mais para a direita, até ao Louder Stage, fomos assistir à actuação dos Gloryhammer. O público era muito e estava preparado a rigor, com capacetes e espadas empuhadas bem alto para receber Angus McFife, Zargothrax e restante companhia. Confesso que os álbuns desta banda não estão propriamente na minha lista de preferências, mas achei que foi uma actuação bem interessante, repleta de teatralidade e com muitos dos coros foram cantados a plenos pulmões pelo público, os temas acabaram por ganhar uma vida própria e uma intensidade que não lhes reconhecia nas versões de estúdio. Infelizmente, a actuação acabaria por ter de terminar de forma abrupta devido a um novo alerta de tempestade, sendo recomendado ao público que mais uma vez abandonassem o recinto do festival e se dirigissem para zonas mais protegidas.

Warkings
2019-08-02 15:36
Depois de ultrapassada mais esta situação de alerta de tempestade, que infelizmente acabou por cancelar a actuação dos Diary of Dreams e viria também a cancelar, devido aos consequentes reajustes nos horários de actuações, a actuação dos Tribulation, duas das actuações que mais esperavamos para este dia, lá nos dirigimos para o Wackinger Stage, para o concerto dos Warkings. O público estava composto por muitos fãs, pela forma como iam acompanhando a actuação, cantando e esbracejando, e a actuação destes mascarados foi bem conseguida e repleta de motivos de interesse, ainda que, neste caso, os temas tenham continuado a não me convencer.

Venom Inc.
2019-08-02 16:34
Demos de seguida um salto até à tenda, em busca de sonoridades mais pesadas, algo que os Venom Inc. fizeram questão de proporcionar, com Demolition Man a captar as atenções com a sua presença sempre intimidante, e a guitarra de Mantas sempre a rasgar ao longo de velhos conhecidos temas como Black Metal ou Countess Bathory.


Kärbholz
2019-08-02 17:29
Permanecemos na tenda para assistir à actuação dos germânicos Kärbholz e tentar perceber porque motivo foi antecipada a sua actuação para este horário, originalmente previsto para os Tribulation. A banda apresentou aquele típico rock cantado em alemão que sabemos que os alemães bem apreciam, o que era visível pela quantidade de público presente. Para nós, não-alemães, acaba por não soar tão interessante, perdendo-se muito com a barreira linguística, tornando ainda mais difícil entender o porquê de terem sido seleccionados em detrimento dos Tribulation.

Eclipse
2019-08-02 18:26
Continuámos na tenda para assistir aos suecos Eclipse, que protagonizaram uma actuação bem mexida, com o seu hard rock orelhudo e um hiper-activo vocalista a rapidamente captarem a atenção do público, que foi cantando ao longo dos temas.

Hamferð
2019-08-02 18:53

E a maior surpresa da edição deste ano do Wacken foi, para nós, a actuação dos Hamferð, no History Stage. A banda das Ilhas Faroe surgiu em palco debaixo de um manto de fumo e escuridão, com todos os elementos vestidos de fato e gravata, e arrancou com o que parecia ser "apenas mais uma banda de doom", até ao momento em que o vocalista Jón Aldará nos arrebatou por completo ao mudar o seu registo de voz, passando dos habituais vocais mais agressivos para uma voz límpida e melódica, quase operática, carregada de uma enorme emotividade, em moldes que não nos recordamos de alguma vez ter ouvido. Os temas transformaram-se por completo, assaltando os nossos sentidos e transportando-nos com os riffs e acordes arrastados e aquela inacreditável voz que ia variando entre a melodia cristalina e os growls mais agressivos. Uma actuação inesquecível que terá certamente trazido muitos novos fãs à banda - e podem contar connosco nessa lista!

Cradle of Filth
2019-08-02 19:35
Foi ainda totalmente abananados que deixámos o History Stage e regressámos à tenda gigante, para assistir à actuação dos Cradle of Filth, que tinha sido reagendada para mais tarde em virtude dos incidentes meteorológicos prévios deste dia. A tenda tornou-se pequena para dar resposta à enorme afluência que pretendia assistir à actuação de Danny Filth e companhia, que realizaram uma actuação bastante directa e competente, sem tirar o pé do acelerador, mesmo estando num palco de menor dimensão do noutras edições do festival.

Demons & Wizards
2019-08-02 20:17
Nova deslocação em passo rápido, para a zona dos palcos principais, para assistir à actuação dos Demons & Wizards. O projecto que juntou Jon Schaffer e Hansi Kürsch era um dos mais aguardados concertos desta edição do festival, como se podia confirmar pelo mar de gente que mais uma vez encheu por completo esta parte do recinto. O duo foi acompanhado em palco por outros elementos das suas respectivas bandas, Iced Earth e Blind Guardian, com Jake Dreyer na guitarra, Marcus Siepen no baixo e Frederik Ehmke na bateria, contando também com Joost van den Broek
(Star One) nos teclados e ainda um coro de 4 elementos.
Abriram com força, com temas como Heaven Denies ou Crimson King, mas foi com as versões de temas das respectivas bandas como Welcome To Dying ou I Died For You que o público se expressou mais intensamente. Pelo meio, nota para uma versão acústica de Wicked Witch, num estilo quase intimista, se tal fosse possível num palco gigantesco e à frente de largas dezenas de milhares de pessoas. Valhalla, dos Blind Guardian, seria naturalmente um dos pontos altos do concerto, sempre fantástica de assistir aqui em Wacken. Para o final, já com a noite escura sobre nós, ficaram Blood On My Hands e Fiddler On The Green, com todo o público a acompanhar a letra. Uma boa actuação, ainda que por vezes tenha sido estranho ver os temas das respectivas bandas a obterem reacções bem mais fortes por parte do público do que os próprios temas de Demons & Wizards. De qualquer forma, este foi sem dúvida mais um momento único que iremos recordar!

The Moon and the Nightspirit
2019-08-02 22:15
Aproveitámos a proximidade (ainda que relativa, dada a enorme muralha humana que nos separava) para uma rápida visita ao Beergarden Stage, para assistir por breves momentos aos The Moon And The Nightspirit. Contando com um violino, guitarra acústica e alguns elementos de percussão, trouxeram-nos um folk com elementos atmosféricos, quase ritualístico. Soou interessante, mas depois da actuação anterior e do desafio que foi atravessar o recinto no meio de tanta gente, estava ainda com a adrenalina a pedir sonoridades mais aceleradas.


The Night Flight Orchestra
2019-08-02 22:49
Com o final deste segundo dia a aproximar-se a passos largos, resolvemos tentar aproveitar ao máximo e atravessar todo o recinto, até à tenda do Bullhead City Circus, para ver os The Night Flight Orchestra. A banda é formada por membros de projectos de peso como Soilwork ou Arch Enemy, mas toca um rock bastante leve, apresentando-se em palco com casacos/calças brancas e até um coro formado por hospedeiras de bordo. Apesar de ter recebido bastantes elogios da imprensa, acabou por parecer uma actuação demasiado leve e limpa para aquilo que estava à espera.

D:A:D
2019-08-02 23:37
Nova corrida de volta aos palcos principais para a actuação dos dinamarqueses D:A:D. O palco mostrava o interior de uma sala de estar, com a bateria montada sobre um gigantesco sofá e um pano de fundo a replicar um papel de parede. O rock destes veteranos animou o público não só com os muitos clássicos conhecidos de todos, como Bad Craziness, It's After Dark ou Sleeping My Day Away, mas também com um solo de bateria que acabou com a bateria a arder sobre o palco antes do tema No Fuel Left For The Pilgrims, e também com os divertidos baixos, com as mais variadas formas e feitios, utilizados ao longo da actuação por Stig Pedersen.

Opeth
2019-08-02 23:55


DIA 3
Manticora
2019-08-03 11:03
O arranque deste 3º e último dia de Wacken fez-se logo às 11 horas da manhã, com os Manticora. A banda Dinamarquesa de metal progressivo apresentou-se na tenda Bullhead City Circus perante um público pouco numeroso, o que não seria de estranhar pois o corpo já começava a pedir descanso. Nada que os desanimasse, e conseguiram captar as atenções com uma prestação competente, ainda que com algumas falhas ao nível sonoro, com voz demasiado alta em relação aos restantes instrumentos.

Suidakra
2019-08-03 11:59
No palco mais à direita, seguiram-se os Suidakra. A banda animou e muito o público, com a sua sonoridade épica a puxar pela assistência, que foi acompanhando com muitos braços no ar, saltando e cantando bem alto ao longo da actuação. A presença em palco de uma violinista, que não me recordo de ter visto noutras actuações anteriores desta banda, ajudou ainda mais à animação, encaixando muito bem com os restantes elementos e empolgando ainda mais o público ao acentuar ainda mais as melodias celtas dos diversos temas. Uma excelente actuação, que nos ajudou a acordar em pleno para este último dia de festival

molllust
2019-08-03 12:37
Saímos do interior da tenda Bullhead City Circus, em direcção ao Wacking Stage, para assistir à actuação dos molllust. Temos seguido com alguma atenção a evolução da carreira desta banda alemã originária de Leipzig, pelo que esta era uma actuação à qual não poderíamos faltar, e podemos dizer que ficámos bastante satisfeitos com aquilo a que assistimos. A banda liderada pela vocalista e teclista Janika Groß levou-nos numa viagem musical que combinou na perfeição o peso e a agressividade do metal com a intensidade dramática e a emoção da música clássica e operática, com as guitarras a serem complementadas por violinos, violoncelo e contrabaixo. Temas como Alptraum, do seu álbum de estreia Schuld, levaram o público a fazer headbanging nas partes mais intensas, com Janika em particular destaque dada a intensidade e complexidade das partes de voz e piano deste tema. Frank Schumacher também esteve em particular destaque, com toda a teatralidade que incluiu na sua prestação, muitas vezes em conjunto com Janika, mas também com outros elementos, como no tema König der Welt
, do mais recente In Deep Waters, em que interpretou o papel de "King of the World", passeando-se de coroa na cabeça. Os temas conseguiram manter ao vivo o mesmo equilíbrio entre o mundo clássico e o mundo do metal, as interpretações foram sólidas e toda a teatralidade adicionada por parte dos músicos acrescentou ainda mais motivos de interesse, com um excelente resultado, se avaliarmos pelos muitos aplausos do público no final dos temas. Quanto a nós, ficámos também muito satisfeitos, foi um prazer revê-los, agora num formato mais "normal" e num palco maior do que há alguns anos, na actuação acústica que tínhamos presenciado em 2015, aquando da passagem da banda por Portugal.

Operus
2019-08-03 14:10
Continuámos no mesmo Wackinger Stage para mais uma actuação interessante, desta feita por parte dos Operus. A banda canadiana trouxe um metal sinfónico com contornos épicos e uma presença em palco enigmática e teatral por parte do vocalista. Os temas, cativantes e orelhudos quanto basta, ganharam facilmente a atenção do público, com muitas palmas e algum headbanging à mistura.

The Vintage Caravan
2019-08-03 14:43
Seguiu-se uma mudança drástica de sonoridade, com os The Vintage Caravan no W:E:T Stage. O rock psicadélico destes islandeses animou o muito público presente, com a banda a mostrar uma boa presença em palco e com os riffs a sucederem-se uns atrás dos outros, levando o público muitas vezes aos saltos.

Tesseract
2019-08-03 15:37
Ao lado, no Headbangers Stage, foi a vez dos Tesseract e do seu metal progressivo / djent. Uma performance sólida, repleta de momentos de elevada complexidade técnica, devidamente acompanhada por um grande número de fãs.


Primordial
2019-08-03 16:35
No W:E:T Stage, seguir-se-ia um dos momentos que mais aguardávamos! Entrando em palco com o habitual "We are Primordial, we are from the Republic of Ireland... Are you with us?" e seguindo de rompante para o épico Where Greater Men Have Fallen, deu-se início a uma batalha que estava ganha à partida, dado o fervor com que o público acompanhou todos os temas, mas que nem por isso levou Alan Averill Nemtheanga a refrear os ânimos nem a enorme intensidade que por norma coloca nas suas prestações sobre o palco. A sua presença sempre marcante levou o público a procurar também superar-se a cada momento, com incontáveis braços sempre levantados bem alto e coros barrados a plenos pulmões, tema após tema. Os temas foram poucos, mas os momentos de descanso ao longo desta actuação foram ainda menos, e assim, quando o final do set chegou com Empire Falls, deixou para trás um público esgotado, mas com um ar de satisfação estampado nas mais diversas faces. E assim foi mais um inesquecível concerto destes irlandeses!

Septicflesh
2019-08-03 17:39

No palco ao lado, os gregos Septicflesh não deram descanso ao público presente no Bullhead City Circus, com os momentos de brutal intensidade dos seus temas, a profundidade dos guturais de Seth Siro e a intensidade dramática das orquestrações a puxaram pelos pescoços do público, ao longo de temas como Portrait of a Headless Man, Pyramid God, The Vampire From Nazareth ou Anubis. Apesar da setlist não variar muito entre actuações, estes gregos conseguem sempre transportar-nos para outros mundos de cada vez que os vemos, e aqui não foi excepção! Mais um grande concerto para ajudar a tornar este último dia de festival ainda mais memorável.

Saor
2019-08-03 18:40
No Wackinger Stage, era agora a vez dos Saor. A sonoridade ora épica, ora melancólica, da banda escocesa foi ganhando o público, que foi ficando como que hipnotizado pelas melodias do violino, que ia contrastando com a agressividade da voz e das batidas que, de forma rítmica, iam puxando pelo nosso corpo. Rapidamente se viram muitos braços no ar e muitos aplausos, uma constante ao longo da actuação.

Avatar
2019-08-03 19:37
Aproveitámos ainda as últimas réstias de energia para mais uma caminhada até à outra ponto do recinto, para assistir à actuação dos Avatar, no Louder Stage. A banda sueca liderada por Johannes Eckerström, com a sua habitual presença em palco a roçar a esquizofrenia, maníaca e completamente contagiante, animou todo um público que era composto claramente por muitos e muitos fãs, que reagiram sempre de forma efusiva logo desde o arranque, com A Status of the King, do mais recente álbum Avatar Country. Um dos momentos altos foi o esperado Smells Like a Freakshow, com Johannes a roubar mais uma vez as atenções logo desde o monólogo que serviu de introdução. Animação e boa disposição a rodos, tudo isto aliado a uma prestação perfeita sobre o palco.


Skyclad
2019-08-03 22:07
A noite estava já sobre nós, pela última vez nesta edição do festival, quando regressámos até ao Wackinger Stage, para o concerto dos Skyclad. A histórica banda britânica tinha já pouco público presente à frente do palco, e teve de ultrapassar alguns problemas técnicos que os forçaram a interromper a actuação, mas ainda assim trouxeram alguns momentos de cantoria, dança e nostalgia com temas como Change is Coming, The Parliament of Fools, The Widdershins Jig, Anotherdrinkingsong ou Inequality Street.


Saxon
2019-08-03 23:14
O final do festival estava agora a aproximar-se a passos largos, à medida de mais uma vez regressávamos até aos palcos principais para assistir à actuação dos Saxon. O set arrancou com uma emotiva apresentação visual, nos videowalls, de várias fotos e recortes de jornais alusivos à banda, numa viagem ao longo da sua também longa carreira, até que o som de uma moto se fez ouvir e a cortina caiu para o arranque, com Motorcycle Man. Numa actuação com quase 2 dezenas de temas, não deixa de ser impressionante como Biff Byford e restante companhia continuam a apresentar-se em grande forma ao fim destes 40 anos de carreira. A voz continua lá, os solos não falham, e até Nigel Glocker, na bateria, deu mostras de ter ultrapassado completamente os graves problemas de saúde que o afectaram nos anos mais recentes. No público, pessoas de todas as idades ouviam e vibravam lado a lado em temas clássicos como Denim And Leather, The Eagle Has Landed (mais uma vez, com a enorme águia luminosa a descer sobre o palco) ou Solid Ball of Rock e também em temas mais recentes como Battering Ram ou They Played Rock And Roll, tema integrante do mais recente álbum da banda e que é uma enorme e sentida homenagem aos seus contemporâneos Motörhead. Para o final, os momentos altos com Crusader e 747 (Strangers In The Night, chegando o concerto ao fim com Princess Of The Night. O cansaço era muito e mais do que evidente, à nossa volta, mas ninguém podia ficar indiferente a estes clássicos, pelo que foram ainda muitas as palmas e vozes que acompanharam até ao fim esta penúltima actuação da noite.

Rage
2019-08-04 00:53
Para o final, estavam ainda reservados os Rage, acompanhados pela Lingua Mortis Orchestra, numa actuação que revisitou o clássico álbum XIII. Foram muitos ainda os resistentes que permaneceram até ao fim, para recordar velhos temas como From The Cradle To The Grave, Days of December, a balada Incomplete, Turn The Page ou Over And Over. Um regresso ao passado que fechou com nostalgia mais uma edição do Wacken, com Higher Than The Sky a servir de banda sonora para a despedida. Até para o ano, Wacken!!!


Voltar a pisar o solo do Wacken Open Air é sempre, ano após ano, uma sensação indescritível, e para nós ainda mais o foi, desta vez, depois do custoso interregno a que nos forçámos no ano passado. Como habitualmente, fomos positivamente surpreendidos pelas alterações com que nos deparámos - uma constante, ano após ano, e sempre em busca de dar mais e melhores condições a todos os presentes, sejam eles público, músicos ou imprensa. Depois de, no passado, nos terem surpreendido com a rede de canalização para fazer chegar a cerveja aos mais diversos pontos do festival, desta vez lembraram-se de contruir um enorme super-mercado na zona do acampamento, só para este evento! Unglaublich!!! As filas e tempos de espera têm sido cada vez menores, no seu todo, graças à cada vez maior oferta e variedade, com a excepção dos pontos de venda do merch oficial do festival, onde a tendência tem sido oposta, com enormes tempos de espera e muitos artigos a esgotarem rapidamente, não havendo certeza de reposição de stock nos dias seguintes. No entanto, pelas constantes provas dadas ao longo destes anos, certamente que a organização está atenta e tentará encontrar formas de melhorar também esta situação em oportunidades futuras.

Quanto aos concertos, como habitualmente, foi agradável ter a oportunidade de conhecer bandas através da Wacken Metal Battle, onde acompanhámos também os nossos representantes deste ano, os Grog. A ideia de colocar a competição num palco único foi interessante, em teoria, mas os necessários tempos de espera entre bandas acabam por quebrar o ritmo, afastando um pouco o público para outros palcos. Ainda assim, tivemos a sorte de estar presentes para a surpresa deste ano, os Varang Nord, que vieram da Letónia para arrebatar o primeiro lugar desta competição com o seu empolgante folk metal. Nos outros palcos, tivemos também vários momentos de altíssimo nível, como o inesquecível concerto dos Sabaton, já detalhado de sobremaneira mais acima, nesta review, a descoberta surpreendente dos Hamferð, ou ainda as actuações de Demons & Wizards, Primordial e Saxon, entre muitos outros exemplos que poderiamos aqui deixar, e que facilmente nos fizeram esquecer as inesperadas interrupções causadas pelos alertas de tempestade, que levaram a alterações de última da hora e até ao cancelamento de dois dos concertos (Diary of Dreams e Tribulation) por que mais ansiávamos nesta edição do festival.

E assim foram, estes 4 dias muito intensos, que fizeram deste mais um Wacken Open Air para mais tarde recordar. Até para o ano, WACKEEEEEENNNNN! Rain or Shine... or Mud!!!!!