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Reportagens de Concertos
Kamelot
2019-06-16 | Hard Club

"Uma noite menorável!"

Reverent Tales
2019-06-16 20:46
O público era muito, à entrada do Hard Club, para assistir ao regresso dos norte-americanos Kamelot a território nacional. A fila que aguardava a abertura de portas ia dando a volta ao corredor central do edifício, notando-se a presença de público originário não só de zonas mais a sul do país mas também algum vindo de Espanha.

A entrada foi-se fazendo a bom ritmo, estando a Sala 1 já bastante bem composta quando, à hora marcada, a banda de abertura Reverent Tales entrou em palco. Acompanhada de um jogo de luzes bastante infeliz, que dificultou bastante o visionamento do que se ia passando em palco, a banda lisboeta abriu com o tema Above Me, o seu single de lançamento, com um primeiro destaque para a vocalista Raquel Nunes, que ia combinando vocalizações limpas com growls. Apesar do notório nervosismo e falta de à-vontade, resultantes da natural falta de rodagem de um projecto que ainda só conta com cerca de 1 ano de existência, mostraram-se tecnicamente competentes e ao nível da composição houve algumas ideias interessantes e desafiantes que foram transparecendo em determinados momentos de uma actuação que foi sempre bem recebida pelo público, que foi reagindo com sonoros aplausos nos intervalos entre os temas.

Kamelot
2019-06-16 21:46
O público entrou em êxtase assim que Alex Landenburg se mostrou por detrás da bateria, dando desta forma início à gradual entrada em palco de cada um dos membros dos Kamelot, arrancando com Phantom Divine logo de imediato. Tommy Karevik rapidamente se tornou o centro das atenções, bem acompanhado pela belíssima Lauren Hart, nas suas fugazes intervenções. Antes de Veil of Elysium, Tommy surpreendeu o público ao contar até quatro num português praticamente perfeito, mas seria pouco depois, em Here's to the Fall que iria verdadeiramente brilhar, ao pedir ao público que ligasse as lanternas ou ecrãs dos seus telemóveis, criando-se um ambiente verdadeiramente emocional, um dos pontos altos da actuação. Daqui para a frente seria um desfiar de clássicos, desde logo com March of Mephisto, com Lauren Hart a regressar para interpretar as partes guturais, mas passando também por Karma ou Center of the Universe, com solos de teclado e bateria à mistura.
Ao longo de tudo isto, o público ia acompanhando como há muito não se via - todo um vastíssimo intervalo geracional (havia idades que iriam dos 8 aos 80) acompanhou as letras de todos os temas, sempre a cantarem bem alto, sempre a responder em força a todos os desafios que lhes eram lançados, até ao momento em que roubaram o show, gritando constantemente "KA-ME-LOT! KA-ME-LOT!" ante os olhares divertidos e estupefactos dos membros da banda.
O final estava já próximo, com a banda a abandonar o palco depois de Forever, mas os incansáveis apelos do público ajudaram a reforçar o esperado encore, com Liar Liar a encerrar em beleza uma noite épica que, repito, já não víamos há muito. Uma prestação perfeita por parte de Tommy Karevik, Thomas "Mr. Kamelot Himself" Youngblood e companhia, e um público extraordinário, a fazer lembrar concertos de outros tempos. Memorável!